segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Tocando os dedos sem igual Faz-se encontro ocasional Das persistes rotinas de suas mãos O afável toque dos dedos cordiais Em instantes acoplados na incidente São duas mãos que falam delicadamente De uma estação longínqua fazendo-se primavera Os encantos das suas mãos feito flores
O que não me falta é aquela repentina dor De conhecer a lacuna entre a exultação e agonia Sem saber se sonho com minhas insônias Ou tão-somente adormeço e aceito a fantasia Ausência que faz não ter entre meus dias a noite de luar Observo sem pressa em apenas uma fresta de janela Abre-se janela em períodos de bucólicas oportunidades Cá indago a mim próprio, aonde está a conveniência? Faço-me fantasia de noites arruinadas pela chuva Esquecendo escrevo para não lembrar apenas Eternizo seus delicados beijos em papel epístola E durmo sonhando em ser somente letargo Rodrigo Szymanski
Versos expostos embaralhados de sentimento Se conduzam ao alucinado bel-prazer do ansiar Seu beijo avizinha-se suave em meu rosto Ocasionado pela brisa da saudade Em crepúsculo de meia lua que fulgura Suas atitudes abordam delicadamente em minha barba Permitindo o aproximar-se sincero da saudade do te esperar Acuo já noite a contemplar a lua que me encanta por você Rodrigo Szymanski
Hoje a Poesia é apenas a Lua, sem palavras estupidas. Apenas Poesias fidedignas, que se habitua-se contemplando. Sem versos presunçosos e gosto do batom dos lábios dela Hoje a poesia é legítima, valida e fantasmática, agora a poeta é Lua. Rodrigo Szymanski
Em seu rosto um penhor Um olhar barulhento Em meio à noite emudecida Gritando sentimentos enigmáticos Em seu semblante um aproximar-se suave Da incidência de dois rostos agradável ao ocaso Seus lábios vestidos de calma tocam os meus Calados, os lábios e os olhares gritam discretos szyma

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Por que sentir, é parte que complementa as respostas da existência de ser. E eu sentia. Sentia afeto às quilíades, e a todas as milhas de distância. Naquela noite distraído, apenas um pouco iludido pelas fragrâncias e afetos. Olhei com desambição na procura de respostas, e no céu encontrei réplicas para meus questionamentos. Não bastava a lembrança que trazia na memória. Era preciso sentir as lembranças tocando os lábios que se faziam ausências. E respostas sempre são perguntas que podem ser refeitas. Mas, naquele exato momento de deslumbre, preferi não ter as respostas e em alto grau aquém não pensar nas perguntas que poderiam oferecer as respostas. Ajuizei com desapego apenas os lábios e os sorrisos que superabundavam interrogatórios inconstantes. Deixei de ser naquele momento um ser que aconselhava, e fiquei sem perguntas e respostas cultivadas, tão-somente mirando o essencial de sentir o inexplicável aos palpáveis.

sábado, 10 de agosto de 2013

Seres Frustados 

Entre os desiguais nos inventamos iguais
Confiando as dolorosas penitencias
Sangrando com pena de ser habitual
Rezando pedindo mais violência 

Somos produtos de tudo que decompõe
Mazelas de nos mesmos sem escrúpulos
Cantando “aleluia” com aversão do inferno
Arquitetamos nossos convenientes pecados

E engodamos em meio a mesas de botequins
As luxúrias de amar o dinheiro como divindade
Desgraçamos-nos em representações recriadas
Pela moda de ser amável criatura diabólica

Rodrigo Szymanski
Se fosse possível te amar
Amar-te-ia, sem possibilidade.
Toleraria de sentido os descasos
E submergiria meu destino em seu amor

Se fosse possível te perder, 
Perder-me-ia em seus afetos
Buscando descobrir um descaso
Campeando seus caminhos como meu

Se fosse possível amar-te-ia
Longínquo silêncio exclamação
Daquele amor apenas tentação
Teu beijo deslembraria em tatuagem

Rodrigo Szymanski
Meu terno encontro é seu encontro
Nas noites de inteira aproximação 
Sinto falta de suas mãos 
Daquele beijo sumário 
Um carinhoso abraço

Rodrigo szymanski 
10/08/2013

sexta-feira, 29 de março de 2013

Jesus, morto por ser Subversivo dos Direitos Humanos.
Rodrigo Szymanski 

Podem “mistificar” ou dar um sentido “não humano” a morte de Jesus. Mas a verdade é que Jesus foi homem e morreu e sofreu como ser humano. Como ser humano se colocou contra as estruturas de poder estabelecidas. Foi contra a Lei do Templo e do Poder real dos Romanos. Questionou, criticou, denunciou, anunciou, foi exemplo. Jesus, aquele “Personagem histórico” que é Deus feito homem. Assumiu a vida e as consequências de se viver em uma humanidade tão desumana. Fico pensando, se Jesus fosse somente um “adorador” no templo, talvez não tivesse sido morto, talvez tivesse sido aceito como o Messias. Mas, negou o templo, não a importância do tempo e sim o Poder que usufruíram os que oprimiam o povo via templo. Verdade que não usou de violência, não assumiu a mesma tática e estratégica dos que estavam oprimindo o povo. Assumiu novos paradigmas, assumiu o exemplo, o amor o serviço. Mesmo daqueles que o esbofetearam a cara não se vigou, amou, pediu ao Pai Perdão por eles, “pois não sabiam o que faziam”. Sabia que o povo era ignorante, não por querer ser, mas pela condições dada de opressão e injustiça. Jesus “o Verbo que se fez carne” e sofreu na carne as chagas do poder, este habitando entre nós. E foi um dos nossos, dos menores, mais oprimidos, dos sofridos, injustiçados, oprimidos... Jesus o Subversivo exemplar. Foi um prisioneiro politico, ameaçou o poder. Foi um prisioneiro politico por denunciar. Por assumir outras formas de poder, que não exclui e que aceitam as Minorias. Talvez, ou com certeza Jesus foi o grande Defensor dos Direitos Humanos. Não condenou, “quem não tiver pecado atire a primeira pedra”, curou os cegos, paraplégicos, acolheu as prostitutas, as crianças, As juventudes, a Viúva... (o negro, o índio, a mulher, o Homossexual, o deficiente, os não Cristão, as Juventudes Exterminadas, as Crianças abusadas e exploradas...)
Jesus por assumir estas posturas Morreu, por uma causa, sozinho, abandonado...
E Hoje ? que faria Jesus ? quem seriam os denunciados ? os escolhidos? Os acolhidos? E hoje os “seguidores” as igrejas, os templos o que fazem para seguir Jesus?

quarta-feira, 27 de março de 2013


 E eu que nem namorava a lua, atinava ela meio sem anistia. Sensato é que me encantei por ela, trazia pretextos a apreciar o luar no principio por um convite. Mas, depois de varias fases lunar, prossigo Olhando para a Lua, bem que proferem que a lua é misteriosa e dizer respeito às mandingas. Uma vez que se é seduzido pela Lua, não tem como parar de admirar ela. Contemplar a lua não necessita de motivos, carece só de disposição de maravilhar-se com os mistérios da vida.  

terça-feira, 26 de março de 2013


Como se fosse a primeira vez que te amasse assim, fiquei caído ao canto de mim mesmo. Não podia resistir a tanta tentação pelo seu corpo ao meu. Nossos corpos se tocavam em atrito de resistência negada. Era mais que algo racional não pensava em como seria o amanhã. Beijos que esquentavam o espirito e acalentavam os sentimentos reservados que se mantinham escondido há tanto tempo no escuro do coração empoeirado. Seus lábios amaldiçoavam meus lábios com leves mordidas envenenando assim meu coração que pulsava intensamente sem compreender. Sua mão percorria meu rosto, segurando firme em meus cabelos. Agora estava preso em você. Enquanto a noite se desvairava em suor. Percorria seu pescoço intensamente buscando alcançar seus seios. E deixava tudo que foi e será esquecido na manhã que se aproxima. A noite acaba, seus beijos fugiram depressa em longos espaços terrenos de latifúndios cercados pela incerteza daquela noite de volúpia. Agora resta seu cheiro ainda impregnado em meus desejos vorazes de te ter por todas as noites.  

E de tudo isso me restou à ausência
Com sua presença marcante diurna
Com doses elaboradas de desgosto
Em ocasos intensos de lua enxurrada

Assim sendo trafego discreto nos botecos confins
Escutando as composições embriagadas de saudade  
Me desgraçar-se nos danos causados por esperar
E na desesperança decomposição  de meu corpo encachaçado

Resta-me confiar na noite que graceja de meus medos contrassensos
Enquanto lamento em meio a bebidas e conversas autêntica
Em cada piscar de olhos, seu gentil semblante em que me é devido.
Aturo firme para não cair em contradições sentimentais de te querer 

quinta-feira, 21 de março de 2013


Então temo aquele tempo
De escutar suas palavras francas
Alcançando meu íntimo
E golpeando meu ser

Elementar a ilusão imprescindível
Dos beijos eufóricos de volúpia
Repulsa em amnésia discordante
Carecem as invenções maculadas de prantos

Rodrigo Szymanski
21/03/13

terça-feira, 19 de março de 2013


Então como a lua apareceu, entre algumas nuvens, ele caminhava sozinho naquela madrugada com uma garoa de outono, após alguns tragos a mais que a conta. Vinha calado pensando em coisas tolas da vida. Ao olhar para seu lado esquerdo além da ponte e do morro estava lá a Lua, metade de seu corpo ainda desaparecia, e outra metade era acoberta ligeiramente por nuvens que haviam aberto espaço. Ele sozinho olhava desconfiado com medo de admirar o luar convidativo. –me deixe em paz- insistiu ele enquanto caminhava agora com passos acelerados. Enquanto a Lua ia sendo coberta pelas nuvens do blecaute. 

Rodrigo Szymanski 
19/03/13

domingo, 17 de março de 2013


Então como em consistir em ser
Aqueles tempos de entusiasmo
Tornam-se mortificações
Em meio aos incidentes conceituais

Uma incerteza madura sobressai
As duvidas bestiais de uma amargura
Que secam as Lamentações sensíveis
Brotando uma resistência brutal ao apego

Rodrigo Szymanski 

1/03/13

terça-feira, 12 de março de 2013


Você não precisava ir-se embora
Seu lugar precisaria ser aqui
Ao meu sentido para eu te gostar mais
Permaneça, ou se for embora,
Lembre-se do beijo de dispensa

12/03/13
Rodrigo Szymanski

Joana amava Jesus, seu amor era intenso e profundo, vivia na igreja, em seu braço sempre um rosário, era uma verdadeira rezadeira, criava inveja a todas as senhoras beatas. Joana chamava atenção de todos, os rapazes ate mesmo frequentavam a igreja para se aproximar de Joana que carregava uma beleza divina, talvez por isso, Joana era tão seria e santa. Poucas vezes saia sem sua mãe ou a “nona”. Desde cedo fora educada a ser uma mãe de família dedicada. Confessava-se todas as sextas feiras após a hora santa do apostolado da oração. Joana já tinha o céu garantido. Um dia Joana foi sozinha a igreja, perto das 6 da tarde hora da ave-maria. E no caminhou cruzou com Enrique, seu coração pulsou mais forte. Apressou os passos com medo de si mesmo. Enrique olhou para trás, mas a menina fugirá, Enrique foi atrás dela... Joana se apaixonou, já não queria mais rezar, ia à igreja para encontrar Enrique. Seus olhos brilhavam, diziam suas amigas carolas que o demônio a possuía. Talvez, Enrique fosse mesmo o demônio. E seu encanto foi lançado sobre aquela menina tão pura. Joana entregou sua alma aquela paixão. E como recompensa recebeu o inferno. Foi recusada naqueles espaços santos católico. Agora Joana estava gravida, esperava um filho de Enrique e seu belo futuro se transformou no desgosto de sua mãe que a anos já tinha planejado toda a vida de sua filha.

Rodrigo Szymanski 

12/03/13

segunda-feira, 11 de março de 2013


Permanecia deitado ainda em sua cama contemplativa, a noite já findava com a luz dos primeiros raios de sol. E aquela menina se encontrava em meios a seus pensamentos conflitivos, seus olhos encontrar-se lavados pelas lagrimas que fora derramado durante toda aquela difusa noite. Seus pensamentos estavam em um passado que passará distraído de seus sentimentos. Lembrava-se daquele menino que destinou seu carinho, com palavras bonitas e gestões de acolhida tímida, ele sempre estava ali, encontrar-se disposto a dar todo amor a ela. O tempo passou, ela não entendeu, não compreendeu como ele estava disposto, foi rude, e seguiu sua vida. Quiçá raciocinava ela depressa em sua cama sobre seu travesseiro encharcado de lagrimas, - aquele amor foi único-, e ela não soube valorizar e aproveitar. Pensava naquelas noites de atenção, quando ela estava doente, com cólera, e ele continuava a ser ao seu lado, “carinho e ternura”, oferecendo um colo aconchegante e seus olhos vigilantes. Ela se revoltava com seus sentimentos atuais, com a falta necessária daqueles beijos. Aparentemente ele estava bem, a ultima vez que o virá estava ele sorrindo feliz. Era hora de acordar, mas ela desejava ficar escondida em suas amarguras da vida. Em seu passado não aplicado. E agora? Pensava ela...

Rodrigo Szymanski
11/03/13
Restou a invenção
A contextura da história
Qualquer anoitecer em boteco
Um incerto sigilo na madrugada
Uma afabilidade em rua oca
A Lua angustiando as indulgências

Rodrigo Szymanski
11/03/13